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Grupos de Trabalhos (GTs)

GT 1 - ATIVISMO , DIVERSIDADE SEXUAL, DE GÊNERO E DIREITOS HUMANOS.

Coordenadores: Mesaque Silva Correia (UFPI) e Edmar Souza das Neves (UNINOVE)

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EMENTA: A investigação científica em gênero e sexualidade vem se consolidando no campo das Ciências Sociais brasileira embalada pela visibilidade que discussões envolvendo temas como casamento entre pessoas do mesmo sexo, educação sexual, aborto, reprodução, práticas contraceptivas, violência sexual e direitos LGTQIs ganharam nos últimos anos. Soma-se a isso a interlocução intensa entre Cientistas Sociais e ativistas advindos dos movimentos de defesa de direitos sexuais e reprodutivos. As relações de gênero e sexualidade são perpassadas pelos chamados marcadores sociais da diferença, que produzem cenários marcados por desigualdades, hierarquizações e heteronormatividades. Dentre eles, podemos citar aqueles ligados à cor/“raça”/ etnicidade e à classe social, tornando urgente uma discussão que insira esses estudos no debate mais amplo sobre interseccionalidades. Dessa forma, este GT tem por objetivo refletir e debater pesquisas que versem sobre tais entrelaçamentos, em especial aqueles que abordem as associações entre Ativismo LGTQIs, Diversidade Sexual, de Gênero e Direitos Humanos. O GT pretende ser um espaço de diálogo que não excluirá o debate e o conflito. Ao contrário, possibilitará o reconhecimento da multiplicidade de modos de vida que compõem o contemporâneo e que fazem a densidade de nosso tempo, buscando aprofundar as questões sobre Ativismo LGTQIs, Diversidade Sexual, de Gênero e Direitos Humanos, percebendo tais temáticas como uma dimensão privilegiada na qual se visibilizam as mais recentes transformações subjetivas, sociais e culturais. Assim como os movimentos sociais orquestram para a mudança.

 

GT 2 - ELEIÇÕES, PARTIDOS E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA

Coordenadores: Vítor Eduardo Veras de Sandes Freitas (UFPI) e Adauto de Galiza Dantas Filho (UFPI)

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EMENTA: Este grupo de trabalho busca reunir pesquisadores interessados em discutir a representação política, considerando os partidos políticos e sua relação com as eleições e as instituições políticas. O objetivo é debater o processo político através do relacionamento entre os partidos nas arenas eleitoral, governamental e legislativa no Brasil e também em perspectiva comparada. Dentre os diversos aspectos, os pesquisadores poderão tratar sobre os aspectos organizacionais dos partidos, ideologia partidária, a formação de coalizões de governo e coligações eleitorais, o comportamento eleitoral, o financiamento de campanha, a atuação das bancadas dos partidos no legislativo, dentre outros. Busca-se dentro deste leque teórico a diversidade metodológica e as distintas formas de abordagem dos problemas relacionados com a temática.

 

GT 3 - ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS

Coordenador: Gabriel Eidelwein Silveira (UFPI)

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EMENTA: As modernas democracias ocidentais têm convergido, em seu desenho institucional, para um paradigma juspolítico que se convencionou chamar de Estado Democrático de Direito, o qual pressupõe a convivência institucional da democracia representativa e do império do direito (rule of law). Contemporaneamente, as democracias - inclusive o Brasil - têm testemunhado uma transformação profunda em sua forma de ser, com a perda relativa de prestígio dos poderes representativos majoritários, o Executivo e o Legislativo, e com ascensão do Poder Judiciário. O protagonismo judicial na nova cena democrática legitima-se pelo desempenho, pelo judiciário, do papel de garantidor dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, positivados nas Constituições e Cartas de Direitos. Isto é, pelo exercício público da razão em nome de princípios supra-políticos, que remontam às promessas fundadoras do contrato social ou do processo constituinte e que são anteriores e superiores aos debates políticos majoritários, inclusive ao processo eleitoral. A judicialização crescente das demandas sociais - as quais, por diversos motivos, não receberam um tratamento satisfatório pelos legisladores - subjaz à emergência do judiciário, num contexto jurídico e político marcado pelo ideal da primazia da Constituição. Logo, observamos que doravante as lutas democráticas são transferidas paulatinamente do Capitólio ao Fórum. Os grandes combates políticos pela definição das liberdades fundamentais e pela conquista e manutenção dos novos direitos de cidadania são, cada vez mais, travados no seio do Judiciário e, muito especialmente, perante os tribunais constitucionais. Neste contexto, o GT proposto interessa-se em receber trabalhos na área da sociologia do direito, enfocando particularmente a democracia, o poder judiciário, os direitos humanos e problemáticas afins.

 

GT 4 - VIOLÊNCIAS DE GÊNERO, POLÍTICAS PÚBLICAS E RESISTÊNCIAS FEMINISTAS

Coordenadoras: Barbara Cristina Mota Johas (UFPI) e Rossana Maria Marinho Albuquerque (UFPI)

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EMENTA: A desigualdade de gênero e os fenômenos que dela decorrem tornaram-se, no último quartel do século XX, centrais tanto nas análises acadêmicas, de diferentes matizes, quanto no enfrentamento de diversos movimentos e atores sociais. Entre os fenômenos sociais gerados pela desigualdade de gênero, a violência contra a mulher prefigura entre os mais socialmente nocivos e, por este motivo, tem sido o foco de políticas públicas voltadas para o combate e prevenção da violência de gênero.  Tais questões se mostram relevantes quando observamos a realidade brasileira e especificamente o contexto piauiense, no qual as expressões da violência de gênero se manifestam recorrentemente. Dentre os campos de disputa e atuação dos movimentos feministas no Brasil, o âmbito da produção de políticas públicas tem ganhado centralidade estratégica na luta pela promoção da igualdade de gênero e no combate a violência. Nesse sentido, este grupo de trabalho visa abarcar análises sobre as diversas formas de violência de gênero, sobre o desenvolvimento de políticas públicas de combate e prevenção destas formas de violência, estudos sobre feminicídio, trabalhos que debatam as resistências e enfrentamentos feministas nas suas diversas expressões, além de pesquisas que articulem a discussão da violência de gênero com marcadores sociais da diferença e desigualdades no campo político e econômico. Também serão acolhidos trabalhos que discutam a atuação do estado no enfrentamento e/ou reiteração destas formas de violências. Com vistas a ampliar o campo de debate e pesquisa sobre violência de gênero, este grupo de trabalho visa acolher resultados de pesquisas já concluídas, como também pesquisas ainda em andamento.

 

GT 5 - MOVIMENTOS SOCIAIS E OS DESAFIOS DA CONTEMPORANEIDADE

Coordenadores: Francisco o Mesquita de Oliveira (UFPI) e Tiago Ferreira de Sousa Neto (UFPI)

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EMENTA: O GT acolherá trabalhos sobre organização, ação e demandas dos movimentos sociais na atualidade, considerando aspectos da conjuntura político-social vivida pela sociedade brasileira na atualidade. O objetivo do GT é contribuir com reflexão sobre as práticas dos movimentos sociais e seus desafios numa conjuntura de sociedade civil fragmentada e existência de um Estado de exceção no Brasil. Priorizará trabalhos com foco na atuação dos denominados novíssimos movimentos sociais; participação de atores coletivos em espaços públicos; criminalização dos movimentos; reflexões teóricas sobre mudanças, transformações, mutações e novas formas de ação coletiva frente as exigências da pós-modernidade e; discussão no âmbito da relação sociedade civil e Estado.

 

GT 6 - A CAPOEIRA COMO PRÁTICA SOCIAL: RESISTÊNCIAS E ADAPTAÇÕES DA CAPOEIRA DO PIAUÍ E DAS ADJACÊNCIAS

Coordenadores: Celso de Brito (UFPI) e Robson Carlos da Silva (UESPI)

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EMENTA: A Capoeira é uma prática social que demonstrou grande capacidade de resistir a inúmeros infortúnios da história brasileira moldando-se a diferentes contextos e adaptando-se a distintas realidades: social, política, econômica, cultural e religiosa. Os estudos sobre a Capoeira desenvolveram-se nas últimas décadas (ASSUNÇÃO, 2005; BRITO 2017; SILVA, 2016, GRANADA, 2014; NASCIMENTO, 2014) configurando-se num "campo de pesquisa" privilegiado para a análise de questões candentes da sociedade atual. Neste período, a Capoeira foi registrada pelo IPHAN como “patrimônio nacional” (2007) e pela UNESCO como "patrimônio da humanidade” (2014). Subsidiando e acompanhando esse reconhecimento pela sociedade, cada vez mais pesquisadores têm se dedicado aos estudos sobre as diferentes vertentes desta arte - tanto aquelas legitimadas empírica e cientificamente (Capoeira Angola, Capoeira Regional, Capoeira Contemporânea e Capoeira de Rua) quanto aquelas cujo estatuto de "vertente legítima” não é consensual na comunidade capoeirística (Somaterapia, Capoterapia, Hidrocapoeira, Aerocapoeira, etc.) - e em diferentes escalas (local, regional, nacional e global), fazendo da Capoeira um objeto de pesquisa apto a trazer luz sob temas de pesquisa classicamente legitimados pelas Ciências Sociais, tais como raça/etnia, gênero, economia, política, etc. Neste GT, privilegiaremos pesquisas realizadas através de abordagens empíricas (trabalhos etnográficos) que versem sobre as dinâmicas sócio-culturais específicas de Grupos de Capoeira do Piauí, dando continuidade aos estudos precursores de Robson Silva (Mestre Bobby), assim com de grupos sediados em localidades adjacentes (Maranhão e Ceará); suas organizações sócio-políticas voltadas à resistência e à adaptação aos imperativos dos novos tempos do Nordeste brasileiro. Interessa-nos também trabalhos que demonstrem a pluralidade característica do universo capoeirístico, sobretudo no que tange às diferentes acepções acerca dos "processos rituais”, assim como às distintas estratégias de transmissão dos saberes “tradicionais" e às especificidades de dinâmicas de legitimação de narrativas e de (re)construção da “memória”.

 

GT 7 - MOVIMENTOS SOCIAIS E EDUCAÇÃO DO CAMPO: DIÁLOGOS EM TORNO DE UMA PEDAGOGIA LIBERTADORA

Coordenadores: Elmo de Souza Lima (UFPI) e Saulo Albuquerque Gomes (UFPI)

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EMENTA: O presente GT intitulado Movimentos Sociais e Educação do Campo: diálogos em torno de uma pedagogia liberadora têm como objetivo proporcionar a troca de saberes e estimular o diálogo acerca da importância da relação entre os movimentos sociais e a produção de políticas públicas para educação do campo no âmbito da sociedade brasileira. Pretende-se ainda compreender as contribuições dos movimentos sociais na construção de alternativas políticas e pedagógicas voltadas a construção de uma educação libertadora, comprometida com a construção de conhecimentos que favoreça a construção de outro modelo de sociabilidade no campo. Acreditamos ser de suma importância debater sobre o papel dos movimentos sociais e sua importância no processo de garantia e ampliação dos direitos dos povos campesinos ao acesso a uma educação que respeite suas especificidades e fortaleça suas identidades. Nesse sentido buscamos nesse GT dialogar com pesquisas que estejam em andamento ou que já foram concluídas acerca da relação entre os movimentos sociais e a luta por uma educação libertadora.

 

GT 8 - JUVENTUDES, CULTURAS E SOCIABILIDADES

Coordenadoras: Lila Cristina Xavier Luz (UFPI) e Tâmara Feitosa Oliveira (UFPI)

 

EMENTA: São diversas as reflexões sobre as juventudes no âmbito das Ciências Sociais, tomando e situando as juventudes nas realidades sociais experienciadas/construídas pelos jovens. A complexidade, heterogeneidade e contingências reveladas pelo debate em curso nos impõem a obrigação de refletirmos a juventude a partir de referências plurais, articulando aspectos relativos a corte etário, geracional, de classe, raça/etnia, gênero e orientação sexual, sem perder de vista os contextos em que estão inseridos os diferentes sujeitos - as juventudes. Neste empenho, particularizamos como de especial relevância as culturas juvenis enquanto âncoras inevitáveis dos esforços teóricos que objetivem oferecer maior contorno à categoria posta. Neste sentido, o presente grupo de trabalho visa reunir pessoas interessados em dialogar sobre juventudes que, com base em resultados de estudos empíricos e/ou reflexões teóricas em curso ou já concluídas, possam debater sobre modos de vida, práticas juvenis, manifestações culturais juvenis diversas, apropriação de distintos de espaços por jovens – como a rua, o assentamento, as praças, dentre outros. Mas também sobre políticas públicas para/com de juventudes, participação social e ação política, lazer, dentre outros. O propósito é oportunizar um espaço que propicie, além do debate, também uma articulação entre estudiosos e profissionais que têm por foco refletir sobre/para/com as juventudes, avançando no debate e construindo propostas de intervenção.  

 

GT 9 - ESTADO, POLÍTICA E TRABALHO

Coordenador/a: Francisco Pereira de Farias (UFPI) e Maria Aparecida Milanez Cavalcante (UFPI)

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EMENTA: o GT objetiva acolher pesquisas que analisem as práticas estatais nos processos sociais e históricos de dominação e coerção de classe, especialmente no capitalismo contemporâneo, ou as políticas de apoio da classe assalariada ao bloco no poder, que propiciaram ou resultaram na espoliação de direitos – educação, moradia, transporte, saúde, assistência social, seguro desemprego, benefícios sociais etc. –  no processo de reprodução da força de trabalho frente ao movimento contraditório do capital; bem como os estudos que mostrem as posturas de autonomia (da classe em si à classe para si a partir do capitalismo contemporâneo)  ou de aliança de classes, envolvendo especialmente as organizações e as mobilizações relacionadas às classes dominadas. Levando-se em conta que o Estado atua no processo direto de valorização e acumulação do capital – suporte à instalação e a manutenção de empresas privadas por meio de incentivos fiscais, socialização de perdas, investimento em infraestrutura e tecnologia, preparação da força de trabalho em benefício do capital -, espera-se promover um diálogo que aprofunde os enfoques das relações entre o desenvolvimento promovido pelo Estado, a lógica da política social e os grupos de interesses. Nesse sentido, serão priorizados os trabalhos que, de um lado, discutam sobre as questões do clientelismo, o corporativismo; e, de outro, reflitam sobre as temáticas do sindicalismo de negociação, os partidos de esquerda, os movimentos de juventudes das periferias e campesina embebidas e resistentes nos territórios de violência e escassez. Os textos poderão apresentar estudos gerais ou análises concretas, inclusive a análise de trabalhos monográficos sobre as experiências de execução de políticas públicas voltadas à garantia de direitos sociais.

 

GT 10 - RELIGIÃO E RITUAIS: interfaces entre a cura e as práticas do(e) cuidar

Coordenadoras: Cidianna Emanuelly Melo do Nascimento (IFPI) e Ianne Paulo Macedo (UFPI)

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EMENTA: A vasta produção de conhecimentos da sociologia e da antropologia da saúde no Brasil permite referir-nos a elas como uma tradição, entretanto, estas áreas  apresentam-se ainda como desafios para pesquisadores/as uma vez que, a diversidade do campo religioso e seus diferentes serviços, dentre eles os rituais de cura têm se ampliado nas últimas décadas de forma crescente, acelerada e complexa. As pesquisas destas áreas e os diálogos interdisciplinares apontam para o enredamento a ser enfrentada. Com o objetivo de debater acerca de investigações disciplinares, interdisciplinares e transdisciplinares que buscam compreender a construção das noções de saúde e doença para os adoecidos, os médicos e lideranças espirituais; a relação dos adoecidos com a medicina ou com a busca de poderes sobrenaturais. Articulações entre religião, ritual e cura pelo discurso como prática social. Ambiguidades e contradições na relação entre religião, rituais e cura. A ideia de realização do presente Grupo de Trabalho surge da necessidade de se discutir as formas multidisciplinares de abordar a religião, rituais e cura frente aos modos sociais e culturais, de exercício da sexualidade; da raça, do gênero, da religiosidade - bem como as relações sociais nas diversas gerações e seus estilos de vida. Trabalhos finalizados ou em andamento que problematizem as relações saúde-doença-cura-espiritualidade, corpo-mente-espírito, corpo-natureza-cultura, rituais de cura, cuidados paliativos, a morte, o morrer, entre outras questões, são bem-vindos.

 

 

 

GT 11 - CIÊNCIAS SOCIAIS E SAÚDE

 Coordenador/a: Francisco de Oliveira Barros Júnior (UFPI) e Maria Rosângela de Souza (UFPI)

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EMENTA: As ciências sociais são convocadas a participarem da formação dos profissionais de saúde. Tal convocação está sintonizada com a ideia de que somos biopsicossociais. Do ponto de vista teórico, apresentamos a doença como uma construção social. As doenças têm história e devem ser apreendidas em seus processos epidemiológicos, no impacto sócio-econômico que produzem e nas respostas da sociedade civil às políticas públicas governamentais. O processo saúde-doença está conectado com as demais dimensões da realidade e na perspectiva de contextualizá-lo, fazemos uma conexão entre ele e uma série de tópicos temáticos que são relevantes para a produção de análises complexas e multidisciplinares. Trabalhamos os seguintes temas: corpo, velhice, religião, violência, AIDS, morte, sexualidade. Humanização no campo da saúde, relações entre profissionais da saúde e pacientes e discursos médicos são outras temáticas importantes e específicas. Portanto, pretendemos através dos estudos que serão compartilhados e debatidos, compreender como as ciências sociais e demais áreas colaboram na construção de novas perspectivas de análises dos fenômenos sociais relacionados ao campo da saúde-doença, observando as lógicas sociais, culturais e simbólicas que dão sentido à condição humana.

 

GT 12 - EXPERIÊNCIAS ETNOGRÁFICAS NO CAMPO DA ARTE

 Coordenadoras: Joseane Maria de Araújo Rufino Pessoa de Albuquerque (UFPB) e Nayra Joseane e Silva Sousa (UEMA)

 

EMENTA: O campo da arte apresentando-se como um “elogio à condição humana”, no qual são pensadas as diferenças e as pluralidades, abriga um exercício analítico que busca apreender a complexidade e a singularidade do “outro”. Neste sentido, o fazer antropológico imerge na alteridade que exige que o/a pesquisador/a possa captar o universo das linguagens artísticas e das práticas culturais apresentadas nas ruas, em praças públicas ou mesmo às instituições públicas e privadas de cultura, que geram significados culturais e são vivenciados e compartilhados na realidade multifacetada dos sujeitos.

Em tempos de mudanças sociais expressivas, o debate e reflexão da arte no contexto político, social e cultural se fazem necessário uma vez que se constitui ferramenta de construção de conhecimento. Em um cenário político em que se extingue o Ministério da Cultura, por exemplo, é oportuno instigar qual o papel do/a antropólogo/a na compreensão das tensões políticas no campo da arte? Como os artistas reivindicam espaços que esses produzem, (re)inventam e habitam? Quais as ferramentas metodológicas e tecnológicas para capturar as nuances do campo da arte?

Nessa perspectiva, o GT tem como proposta a apresentação de pesquisas e a comunicação entre pesquisadores das Ciências Sociais, da Arte e Políticas Culturais, discorrendo sobre as experiências etnográficas no campo da arte com foco nas diversas linguagens artísticas, imagem e cultura, sonoridades,...e, questões das práticas, direitos e políticas culturais numa perspectiva interdisciplinar. O objetivo do GT transpõe as novas abordagens e relações provenientes das artes e da subjetividade política, buscando além das apresentações das pesquisas, as partilhas de interesses e percursos individuais que envolvem a investigação etnográfica.

 

GT 13 - AS CIÊNCIAS SOCIAIS VÃO AO CINEMA: INVESTIGAÇÕES SOBRE O CINEMA BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO

Coordenadores: Aécio Amaral (UFPB) e Natanael Alencar (UFPB)

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EMENTA: Como toda arte o cinema é uma instância de compreensão da realidade, pois permite refletir sobre a experiência, podendo se configurar como uma forma de produção de saber sobre o mundo social na medida em que é resultado da apreensão de um momento histórico específico – potencial chave de acesso à compreensão de seus jogos, crenças, atitudes, valores e expectativas . Neste GT, entendemos o cinema tanto como artefato cultural, documento a partir do qual leituras do social são articuladas e interpretações de cunho científico podem ser erigidas, quanto a partir de uma leitura benjaminiana, cujas lentes apontam que há desenvolvimentos nos meios de produção aos quais correspondem mudanças na percepção e no aparato sensorial. Este entendimento nos leva a duas avenidas. Uma delas apreende a forma como as produções cinematográficas se inserem numa lógica de economia política, incidindo sobre sua produção, circulação, distribuição e consumo, que hoje adquire contornos particulares nos quais as produções independentes, de baixo orçamento e as práticas horizontais de produção caracterizariam o chamado “novíssimo cinema brasileiro”. A outra via remete ao modo como a forma artística cinema intervém no social e o inverso, ou seja, como ela absorve problemas sociais. Com base em tais compreensões, buscamos neste GT interrogar produções, diretores, cenários e conjunturas do cinema produzido no Brasil (ou por brasileiros em outros países) a partir do período conhecido como pós-retomada a fim de deslindar configurações estéticas, sociológicas, políticas, morais e antropológicas.

 

GT 14 - PATRIMÔNIO CULTURAL: ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA NO NORDESTE BRASILEIRO

Coordenadora: Francisca Verônica Cavalcante (UFPI)

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EMENTA:  A principal discussão dessa proposta de GT Patrimônio Cultural: antropologia e arqueologia no nordeste brasileiro se dá em torno da temática Patrimônio Intangível, que tem sido central para repensar as políticas públicas de patrimônio, tanto em nível internacional, quanto em nível nacional. Discussões e reflexões acerca dessa temática têm ocupado estudiosos das áreas das ciências sociais e da arqueologia contemplando pesquisas sobre transformações da paisagem e das culturas das cidades brasileiras e nordestinas frente aos impactos que o crescimento populacional, o desenvolvimento científico e tecnológico, a urbanização, a crise ecológica sem precedentes, o contexto de desigualdades sociais, econômicas e políticas em ato têm provocado. O objetivo é conhecer, discutir pesquisas (realizadas e em andamento) sobre patrimônio intangível, interfaces antropologia e arqueologia, paisagem e cultura a partir de uma diversidade de recortes tais como: fenômeno religioso, antropologia visual (a fotografia e o filme etnográfico), enfim, estudos sobre patrimônio e ações que contemplam (re)conhecimento (legislação e sua aplicação, preservação, salvaguarda, educação patrimonial), bem como considerar a categoria patrimônio na perspectiva do nativo. O GT Patrimônio Cultural: antropologia e arqueologia no nordeste brasileiro enseja contemplar temas candentes e provocativos que fogem às fronteiras disciplinares para pensar a temática patrimônio intangível, desenvolvimento e cidadania no Brasil, no nordeste, notadamente, no Piauí.

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